Para Pesquisadores em Dor

As fibras finas da pele:

São terminações nervosas responsáveis ​​por transmitir a dor aguda e profunda, além de transmitir sensações de pressão e nociceptivas. As mais importantes são as fibras finas A Delta (Aδ) e as fibras C finas.

Quando estimuladas, essas fibras nervosas ativam células (neurônios) na medula espinhal, que transmitem dor ao cérebro. As fibras nervosas sensoriais de fibras finas compreendem mais de 70% do sistema nervoso periférico do corpo.

QST: (Quantitative Sensory Testing) é o mais importante estudo não invasivo para detectar lesões precoces das fibras finas da pele A Delta (Aδ) e C.

O QST é um teste complementar à EMG/NCV tradicional, pois pode demonstrar anormalidades neurossensoriais apesar dos resultados negativos da EMG/NCV, que avaliam apenas fibras mielinizadas de grande calibre.

Na última década, após a disponibilidade de novas ferramentas para investigar fibras C não mielinizadas e fibras A Delta finamente mielinizadas, uma síndrome de neuropatia de pequenas fibras (SFN) foi reconhecida como uma entidade nosológica distinta chamada de “neuropatia dolorosa”.

A neuropatia periférica pode ser resultado de lesões traumáticas, infecções, problemas metabólicos, causas hereditárias e exposição a toxinas. Uma das causas mais comuns são as polineuropatias geradas por diabetes, alcoolismo e hanseníase.

A Associação Alemã de Dor Neuropática (DFNS) padronizou protocolos para ter valores normativos internacionais de estudos QST.

Essas baterias de protocolos permitem detectar alterações somatossensoriais antes que os sinais clínicos se manifestem, permitindo a detecção preventiva de doenças.

Os equipamentos Medoc cumprem todos os protocolos estipulados pelo DFNS para QST: limites, limiares, cadeias de pulsos, etc.

O que é Ramp and Hold ?

Ramp & Hold é um estímulo que mantém a temperatura no nível programado no protocolo. Assim, pode ser estimulado por 20 segundos a 39º C, seguidos por 20 segundos a 43º C e depois 20 segundos a 25º C. O programa permite programar até 360 segundos.

Frequentemente usado para WinUp.

O que é Win-Up?

Wind-up, conforme descrito em modelos animais, é um fenômeno que ocorre no corno dorsal da medula espinhal, no qual repetidas entradas pré-sinápticas do neurônio de primeira ordem em frequências específicas provocam uma resposta aumentada do neurônio pós-sináptico.

O aumento da somação temporal é considerado uma manifestação de sensibilização central. Portanto, este importante marcador para analisar a origem da dor

O Win-Up pode ser alcançado com estímulos repetitivos de baixa intensidade e curta duração ou com Ramp and Hold (estímulos mantidos a uma temperatura estável por alguns segundos). O TSA2 permite até 360 segundos de Ramp and Hold.

QST Estático: protocolos de limites e limiares com dor ao frio e calor

QST Dinâmico: CPM, Ramp and Hold, controle da modulação da dor tônica (estímulos de baixa intensidade e frequência) e fásica (ultra-rápida).

CPM – Modulação Condicionada da Dor

Os dispositivos térmicos Medoc têm sido usados ​​extensivamente para avaliar a soma tônica e fásica temporal da dor em participantes saudáveis ​​e pacientes. O TSA-II da Medoc, agora seguido pelo TSA2 é uma ótima ferramenta para a obtenção da soma temporal tônica. O PATHWAY CHEPS, agora seguido pelo CHEPS para TSA2, permitiu a adição temporal fásica, oferecendo velocidades ultrarrápidas.

Em estudos em humanos, o resultado da soma temporal é comumente avaliado seguindo classificações consecutivas de dor em todo o paradigma de estimulação.

Quantificação da Somação Temporal: Covas

Uma ótima ferramenta para pontuar a dor ao longo do protocolo de somação temporal é o CoVAS.

O CoVAS é uma escala analógica visual computadorizada contínua que possui um controle deslizante operado pelo participante da pesquisa e exibe a classificação de dor indicada pelo usuário em 20/milissegundos. Isso permitirá introduzir uma alta resolução temporal na análise dos escores de dor. Tem a vantagem adicional de reduzir a carga cognitiva do estudo.